sábado, 30 de março de 2013

Jornada resgata memória dos camponeses na ditadura



Reconhecendo a luta contra a repressão no campo durante o período da Ditadura Militar no Brasil (1964 – 1985), o Comitê Estadual da Memória, Verdade e Justiça de Pernambuco (CMVJ-PE) realizará no 1º de abril a Primeira Jornada pelo Direito a Memória, Verdade e Justiça no Campo. O encontro será realizado no município de Vitória de Santo Antão, Zona da Mata do estado de Pernambuco.

A programação da Jornada tem seu primeiro momento no Engenho Galileia, das 07h as 9h, localidade palco da luta pelo amplo direito à terra como meio de sobrevivência, onde insurgiu a Ligas Camponeses. No lugar será inaugurada a pedra fundamental do “Memorial das Ligas Camponesas do Brasil Francisco Julião“, que liderou o movimento.

Anacleto Julião, membro da Executiva do CMVJ-PE, explica que a Jornada faz parte do resgate das historias de lutas do povo brasileiro. “Encontro com esse, possibilitam que as gerações do presente podem conhecer a verdade do seu passado e a partir de então lutar pela construção de um futuro com igualdade direito e justiça“, ressalta.

A partir das 10h, no Instituto Histórico e Geográfico de Vitoria do Santo Antão (IHGVS) o público poderá conferir depoimentos de resgate dos heróis da resistência no campo. A programação cultural se desenvolve até as 21h com expressões de artes do campo, entre elas: violeiros, cordelistas, teatro, exposição de livros e documentários.

O evento contará com a presença de Agassiz de Almeida, Clodomir Moraes, Geraldo Menucci, Gilney Viana. Além dos movimentos de luta pela terra, Fetape, MST e CPT.

Resgate – O CMVJ-PE contribui com o resgate da memória histórica do Estado. Dele fazem parte a sociedade civil organizada, representantes de movimentos sociais, ex-presos políticos, familiares de vítimas da ditadura, historiadores, estudantes, organizações não governamentais e Ministério Público. Enquanto a Comissão da Memória e Verdade de Pernambuco, vinculada ao Governo, possui caráter investigativo e não prevê punição aos agentes da ditadura, o Comitê reafirma a luta por uma “memória aberta” respaldada pela justiça, em defesa dos direitos humanos.


Fonte:http://www.folhape.com.br/blogdafolha/?p=89040

Nenhum comentário :

Postar um comentário