Por Tatiana Notaro
Da Folha de Pernambuco
Da Folha de Pernambuco
Os ovos de chocolate vão encarecer as comemorações da Páscoa deste ano em mais de 6%, de acordo com a pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). No Recife, a alta chega a 5,97%. Os percentuais estão abaixo dos registrados nos últimos anos, que vinham ficando entre três e quatro pontos percentuais acima da inflação (no caso, em 6,04%), mas que reforçam a inflação do período. Porque além do preço dos ovos, o consumidor terá que incluir o aumento dos itens da cesta de Páscoa, que também de acordo com o Ibre, ficou 19,15% mais cara este ano.
Sobre o encarecimento dos ovos de chocolate, o economista do Ibre, André Braz, disse que o que pesa é a sazonalidade do produto. “O ovo é feito do mesmo material do bombom do chocolate comum, mas ele é um produto customizado, elaborado para a época, e o preço cobrado na grama do chocolate é mais caro quando ele está em forma de ovo”, explicou. Braz afirmou ainda que o preço do cacau caiu 7,7%, segundo o Índice de Preço ao Produtor Amplo (IPPA), e o açúcar cristal, 11% – então não estão relacionados à alta.
Entre as sete capitais pesquisadas, o ovo de Páscoa registrou maior aumento médio em Porto Alegre (8,35%), seguido por São Paulo, que teve alta de 8,15%. Já a cidade de Belo Horizonte ficou com o menor índice de reajuste, 4,03%. No Rio de Janeiro, o preço médio do produto aumentou 6,06% comparado à variação observada em 2012.
Braz recomendou aos consumidores que, como se trata de um gasto inevitável nesta época do ano, é preciso controlar o impulso consumista e pesquisar preços. Ele comenta que muitos aguardam a última hora para comprar, para aproveitar promoções, mas alerta para a possibilidade de sobrar apenas produtos mais caros ou danificados. “Vale pesquisar e comprar um pouco antes da Páscoa para ganhar na qualidade e no preço”, concluiu. É bom lembrar que recentemente uma pesquisa do Procon Pernambuco mostrou a necessidade da pesquisa: entre estabelecimentos comerciais diferentes, a variação chegou a quase 60%.
LISTA
Já cesta de Páscoa, que inclui 11 itens, é afetada, principalmente, pelo aumento da batata, que ficou 106,04% mais cara entre março do ano passado e fevereiro deste ano. Ela e outros produtos como o pimentão (26,11%), a cebola (63,49%) e a couve (22,17%) tiveram o preço influenciado pela estiagem. Os pescados frescos tiveram alta de 15% no período, enquanto o bacalhau, 9,18%. Altas também para o azeite (11,66%) e a azeitona em conserva (14,71%). Vinho e bombons e chocolates tiveram altas menores, de 4,47% e 3,58%, respectivamente.
Fonte:http://www.folhape.com.br/blogdafolha/?p=88271
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