quinta-feira, 28 de março de 2013

Marco Feliciano: “A comissão não está em crise”


Presidente da CDHM diz que imprensa ultrapassou os limites (Foto: Reprodução/Internet)
(AG) – O presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Marco Feliciano (PSC-SP), criticou a imprensa na manhã desta quarta-feira, ao comparecer à embaixada da Indonésia para conversar com o embaixador sobre a situação de dois brasileiros que estariam condenados à morte no país. O pastor atacou os jornalistas, dizendo que os profissionais estão “falando besteira e coisas que não existem”. Aproveitou para confirmar que não vai renunciar “de jeito nenhum”.



“Não falo mais nada. Vocês (repórteres) estão ultrapassando o meu limite de espaço. Estou aqui para um assunto sério e vocês estão de brincadeira – disse, segundo o site G1. – A comissão não está em crise, quem está em crise são vocês. Falando besteira e falando coisas que não existem. Já fizemos duas sessões e na primeira votamos a rodada da pauta, a segunda foi impedida por causa do tempo, hoje (quarta-feira) tem a terceira sessão. Não sei se será (aberta ou fechada)”, completou.



Sob pressão para deixar o comando da comissão de Direitos Humanos, Feliciano vai presidir a sessão desta quarta-feira. O PSC anunciou na tarde de terça-feira, após reunião do partido, a permanência de Feliciano na presidência da CDH. O pastor já havia dito que só deixaria a comissão de morresse.



Indagado na terça-feira sobre como iria conduzir a reunião da comissão marcada para esta quarta-feira, Feliciano disse que será uma agenda normal. Militantes que atuam em defesa dos direitos humanos criticaram duramente a decisão do PSC de manter Feliciano. O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Wadih Damous, afirmou:



“A permanência do Feliciano significa assinar a sentença de morte da comissão”, disse Damous, para quem o histórico de declarações de Feliciano não pode ser tratado como deslize, como afirmou, em nota, o PSC.



“Não houve deslize. Ele expressou por diversas vezes o que pensa sobre vários temas, como a união homoafetiva. Mostra o desapreço desse partido pela ideia e pela Comissão de Direitos Humanos”, completou.



O anúncio de que o deputado Marco Feliciano permaneceria como presidente da Comissão de Direitos Humanos ainda gerou um grande volume de protestos nas redes sociais. “A zoeira continua”, reclamou, no Twitter, o usuário @lucasbernard. No Facebook — tal qual ocorreu em outros momentos desde que o deputado assumiu a comissão — novos protestos estavam sendo convocados.



Desde que assumiu a presidência da comissão, o pastor tem sido pressionado a deixar o cargo. Ele é acusado de dar declarações racistas e homofóbicas.



Na segunda-feira, a pressão para que o pastor renuncie à função aumentou. A Anistia Internacional manifestou preocupação com a permanência do parlamentar à frente da CDH. Um ato que reuniu artistas, como Caetano Veloso e Wagner Moura, além de parlamentares e lideranças religiosas de vários segmentos no Rio, também engrossou o coro para pedir a saída de Feliciano da presidência da comissão.



Fonte:http://www.folhape.com.br/blogdafolha/?p=88626

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