Por Terezinha Nunes, especial para o Blog de Jamildo
O Recife tem 1 milhão de eleitores aptos a eleger o prefeito da capital
nas eleições de outubro. O colégio eleitoral do PT, que vai se
pronunciar dia 20 de maio para escolher, entre João da Costa e Maurício
Rands, quem vai representar o partido no pleito, tem cerca de 33 mil
votantes, segundo cálculo dos próprios petistas.
Pois bem, apesar disso, a campanha do deputado federal Maurício Rands para as prévias, não se sabe se por erro de estratégia ou confusão deliberada, está se voltando muito mais para os eleitores em geral – 1 milhão – do que para os que realmente interessam na disputa de 20 de maio, ou seja, os verdadeiramente filiados ao PT.
Os discursos do candidato e os atos públicos que realiza apelam para o geral e não para o particular. Rands aparece com a cúpula estadual do partido e espalha banners na Internet onde se apresenta ao lado do governador, de Lula, de Dilma, de Humberto e de João Paulo. Isso adianta para os petistas que vão votar? Só se o adversário estivesse fora do PT. Nos bastidores todos sabem que Lula e Dilma estão distantes do processo e apoiarão quem vencer. O governador e Humberto também. João Paulo é uma incógnita mas se não apoiar o prefeito é possível que se retire da disputa no Recife para missões nacionais. O PT é mestre nisso.
A postura de Rands, de se vincular excessivamente ás cúpulas, acabou dando munição ao grupo de João da Costa que acertou-lhe um tiro certeiro, chamando-o de Mauricinho, figura que, na linguagem popular, significa um rapaz bem vestido, de preferência rico e - em suma - de elite. Em contraponto, dizem os partidários do prefeito, que João da Costa está mesmo com as bases. André Campos chegou a afirmar com clareza que Rands representa os poderosos e João da Costa a massa petista.
Este discurso tem tudo para pegar nas hostes partidárias. Afinal, apesar de ter mudado muito depois que assumiu o poder, o PT historicamente se colocou como vinculado às bases e se são essas bases que votam na prévia, nada mais insensato do que buscar o voto delas chegando por cima, com imposição.
A propaganda gratuita do PT esta semana mostrou novo cálculo errado dos partidários de Rands. Enquanto João da Costa mostrava obras e dizia contar com o apoio de Dilma e Eduardo através de parcerias, Rands acabou pagando um mico aparecendo na TV para, genericamente, elogiar a administração do PT. Como o povo em geral não tem conhecimento das prévias e a propaganda não era só para o PT mas para todos, ficou parecendo que Rands estava mesmo era elogiado o adversário João da Costa, que acabara de falar.
São esses erros de estratégia dos seguidores de Rands que estão levando muita gente a acreditar que João da Costa não está blefando quando espalha, através do mesmo secretário André Campos, que tem 70% dos votos dos filiados ao PT no Recife.
Brasília Teimosa, que virou um símbolo do PT depois que João Paulo derrotou Cadoca, é uma prova cabal da forma de atuar dos dois candidatos. Rands chegou ao bairro no final de semana acompanhando João Paulo e andando de casa em casa como se fosse precisar do voto de todos os eleitores do bairro.
Pois bem, uma semana antes, a turma de João da Costa, já tinha vasculhado o bairro, rua por rua, não fazendo proselitismo, mas caçando um a um os filiados aptos a votar na prévia. Quando Rands chegou fazendo barulho, é possível que já não tivesse votos a conquistar. Pelo menos por lá.
Embora esses deslizes não tenham sido observados pelo público em geral, são do conhecimento do Palácio das Princeses e dos demais partidos da Frente Popular.
Temendo a vitória de João da Costa nenhum dos partidos esperados declarou apoio a Rands até agora. Já o Palácio deu duas demonstrações de cautela recentemente. Tornou público que o governador queria o afastamento imediato de Rands da secretaria que ocupa e o presidente do PSB, Sileno Guedes, reuniu os vereadores socialistas para exigir neutralidade no processo.
CURTAS
Por si
A entrevista que o governador Eduardo Campos concedeu esta semana demonstra que esta coluna estava certa quando mostrou, no comentário da semana passada, a estratégia do Palácio do Campo das Princesas de deixar que os aliados se virassem como pudessem em todos os municípios, o que vem criando uma confusão desenfreada. Eduardo disse. em alto e bom som. que não adianta querer puxá-lo para o debate municipal e mais: só sobe em palanque se houver união da Frente Popular.
Viana fora
Embora esteja na torcida por Maurício Rands, cuja candidatura teria incentivado, o economista Roberto Viana desapareceu do cenário. Chegou a ser procurado por jornalistas para falar do assunto mas não deu retorno e fez chegar à imprensa a informação de que não tem nada a ver com isso.
Olinda
Virou um “salve-se quem puder” a disputa eleitoral em Olinda. O PRP, que já fez parte da União da Oposições, aderiu ao prefeito Renildo Calheiros quando menos se esperava e, um mês depois, voltou atrás e anunciou apoio ao candidato a prefeito pelo PTC, Ricardo Costa. Pois bem, esta semana, o mesmo PRP voltou a fechar com Renildo.
Pois bem, apesar disso, a campanha do deputado federal Maurício Rands para as prévias, não se sabe se por erro de estratégia ou confusão deliberada, está se voltando muito mais para os eleitores em geral – 1 milhão – do que para os que realmente interessam na disputa de 20 de maio, ou seja, os verdadeiramente filiados ao PT.
Os discursos do candidato e os atos públicos que realiza apelam para o geral e não para o particular. Rands aparece com a cúpula estadual do partido e espalha banners na Internet onde se apresenta ao lado do governador, de Lula, de Dilma, de Humberto e de João Paulo. Isso adianta para os petistas que vão votar? Só se o adversário estivesse fora do PT. Nos bastidores todos sabem que Lula e Dilma estão distantes do processo e apoiarão quem vencer. O governador e Humberto também. João Paulo é uma incógnita mas se não apoiar o prefeito é possível que se retire da disputa no Recife para missões nacionais. O PT é mestre nisso.
A postura de Rands, de se vincular excessivamente ás cúpulas, acabou dando munição ao grupo de João da Costa que acertou-lhe um tiro certeiro, chamando-o de Mauricinho, figura que, na linguagem popular, significa um rapaz bem vestido, de preferência rico e - em suma - de elite. Em contraponto, dizem os partidários do prefeito, que João da Costa está mesmo com as bases. André Campos chegou a afirmar com clareza que Rands representa os poderosos e João da Costa a massa petista.
Este discurso tem tudo para pegar nas hostes partidárias. Afinal, apesar de ter mudado muito depois que assumiu o poder, o PT historicamente se colocou como vinculado às bases e se são essas bases que votam na prévia, nada mais insensato do que buscar o voto delas chegando por cima, com imposição.
A propaganda gratuita do PT esta semana mostrou novo cálculo errado dos partidários de Rands. Enquanto João da Costa mostrava obras e dizia contar com o apoio de Dilma e Eduardo através de parcerias, Rands acabou pagando um mico aparecendo na TV para, genericamente, elogiar a administração do PT. Como o povo em geral não tem conhecimento das prévias e a propaganda não era só para o PT mas para todos, ficou parecendo que Rands estava mesmo era elogiado o adversário João da Costa, que acabara de falar.
São esses erros de estratégia dos seguidores de Rands que estão levando muita gente a acreditar que João da Costa não está blefando quando espalha, através do mesmo secretário André Campos, que tem 70% dos votos dos filiados ao PT no Recife.
Brasília Teimosa, que virou um símbolo do PT depois que João Paulo derrotou Cadoca, é uma prova cabal da forma de atuar dos dois candidatos. Rands chegou ao bairro no final de semana acompanhando João Paulo e andando de casa em casa como se fosse precisar do voto de todos os eleitores do bairro.
Pois bem, uma semana antes, a turma de João da Costa, já tinha vasculhado o bairro, rua por rua, não fazendo proselitismo, mas caçando um a um os filiados aptos a votar na prévia. Quando Rands chegou fazendo barulho, é possível que já não tivesse votos a conquistar. Pelo menos por lá.
Embora esses deslizes não tenham sido observados pelo público em geral, são do conhecimento do Palácio das Princeses e dos demais partidos da Frente Popular.
Temendo a vitória de João da Costa nenhum dos partidos esperados declarou apoio a Rands até agora. Já o Palácio deu duas demonstrações de cautela recentemente. Tornou público que o governador queria o afastamento imediato de Rands da secretaria que ocupa e o presidente do PSB, Sileno Guedes, reuniu os vereadores socialistas para exigir neutralidade no processo.
CURTAS
Por si
A entrevista que o governador Eduardo Campos concedeu esta semana demonstra que esta coluna estava certa quando mostrou, no comentário da semana passada, a estratégia do Palácio do Campo das Princesas de deixar que os aliados se virassem como pudessem em todos os municípios, o que vem criando uma confusão desenfreada. Eduardo disse. em alto e bom som. que não adianta querer puxá-lo para o debate municipal e mais: só sobe em palanque se houver união da Frente Popular.
Viana fora
Embora esteja na torcida por Maurício Rands, cuja candidatura teria incentivado, o economista Roberto Viana desapareceu do cenário. Chegou a ser procurado por jornalistas para falar do assunto mas não deu retorno e fez chegar à imprensa a informação de que não tem nada a ver com isso.
Olinda
Virou um “salve-se quem puder” a disputa eleitoral em Olinda. O PRP, que já fez parte da União da Oposições, aderiu ao prefeito Renildo Calheiros quando menos se esperava e, um mês depois, voltou atrás e anunciou apoio ao candidato a prefeito pelo PTC, Ricardo Costa. Pois bem, esta semana, o mesmo PRP voltou a fechar com Renildo.
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