As prévias do PT no Recife tiveram 2.540 votos irregulares e serão
anuladas, hoje, pela executiva nacional do partido, em São Paulo. Os
dois pré-candidatos a prefeito da legenda, João da Costa e Maurício
Rands, vão ficar frente a frente e apresentar seus argumentos, num
debate entre eles que até então nunca existiu. A decisão, no entanto,
já está tomada, e há três caminhos possíveis que serão votados pelos 21
integrantes da cúpula petista. É possível haver uma nova disputa
interna, que seria marcada para o dia 3 de junho. Mas a resistência
será grande, o que pode levar à indicação de Rands como candidato ou à
escolha de um terceiro nome menos desgastado em meio à confusão.
O encontro de hoje em São Paulo será realizado na subsede do partido e pode estender uma crise que se iniciou no último 30 de março, quando a disputa foi deflagrada. João da Costa passou o dia de ontem envolvido em articulações para garantir o resultado das urnas, que o apontaram como vencedor por 7.503 votos contra 6.950 de Rands, ou seja, 553 votos de diferença. Porém o prefeito não terá a candidatura homologada porque a investigação do diretório nacional constatou que, entre os cerca de 15 mil votantes, 2,5 mil tinham pendências com a sigla.
Em outras palavras, no vocabulário petista, eles estavam desabilitados para votar, seja por dívidas com a legenda ou por tempo hábil de filiação (um ano). “Com certeza, mais de 2,5 mil votaram sem estar na lista oficial. A tendência é anular as prévias”, observou o secretário de Organização Nacional do PT, Paulo Frateschi.
Segundo o secretário, em entrevista ao Diario, os votos irregulares foram apurados por um auditor enviado pela cúpula petista desde a última segunda-feira. Entretanto, de acordo com outros petistas fundadores da sigla, elas pesam menos do que a judicialização da campanha, que teria ocorrido a partir do momento que aliados de João da Costa ingressaram com ações na Justiça, ferindo a maior instância do partido: o diretório nacional. A atitude “rebelde”, se acatada, abriria precedentes para que conflitos internos fossem parar na Justiça a qualquer momento. Ou seja, vai de encontro ao pensamento da cúpula do PT.
De acordo com informações de Brasília, os dois observadores nacionais que vieram ao Recife, no último domingo, pensam em propor a anulação do pleito e a realização de outro, desta vez mais rígido e com uma maior fiscalização da nacional. Mas a tese deve encontrar muita resistência entre os membros da executiva, entre eles o vice-presidente nacional do PT e senador Humberto Costa. Tanto para o senador, que é um dos mais respeitados da legenda no país, como para o pré-candidato Maurício Rands, João da Costa perdeu as condições de ser candidato do PT. Eles o acusam de ter fraudado as eleições e de usar a máquina pública para vencer as prévias.
O encontro de hoje em São Paulo será realizado na subsede do partido e pode estender uma crise que se iniciou no último 30 de março, quando a disputa foi deflagrada. João da Costa passou o dia de ontem envolvido em articulações para garantir o resultado das urnas, que o apontaram como vencedor por 7.503 votos contra 6.950 de Rands, ou seja, 553 votos de diferença. Porém o prefeito não terá a candidatura homologada porque a investigação do diretório nacional constatou que, entre os cerca de 15 mil votantes, 2,5 mil tinham pendências com a sigla.
Em outras palavras, no vocabulário petista, eles estavam desabilitados para votar, seja por dívidas com a legenda ou por tempo hábil de filiação (um ano). “Com certeza, mais de 2,5 mil votaram sem estar na lista oficial. A tendência é anular as prévias”, observou o secretário de Organização Nacional do PT, Paulo Frateschi.
Segundo o secretário, em entrevista ao Diario, os votos irregulares foram apurados por um auditor enviado pela cúpula petista desde a última segunda-feira. Entretanto, de acordo com outros petistas fundadores da sigla, elas pesam menos do que a judicialização da campanha, que teria ocorrido a partir do momento que aliados de João da Costa ingressaram com ações na Justiça, ferindo a maior instância do partido: o diretório nacional. A atitude “rebelde”, se acatada, abriria precedentes para que conflitos internos fossem parar na Justiça a qualquer momento. Ou seja, vai de encontro ao pensamento da cúpula do PT.
De acordo com informações de Brasília, os dois observadores nacionais que vieram ao Recife, no último domingo, pensam em propor a anulação do pleito e a realização de outro, desta vez mais rígido e com uma maior fiscalização da nacional. Mas a tese deve encontrar muita resistência entre os membros da executiva, entre eles o vice-presidente nacional do PT e senador Humberto Costa. Tanto para o senador, que é um dos mais respeitados da legenda no país, como para o pré-candidato Maurício Rands, João da Costa perdeu as condições de ser candidato do PT. Eles o acusam de ter fraudado as eleições e de usar a máquina pública para vencer as prévias.
Saiba mais
Rands e João da Costa cara a cara
A reunião da executiva nacional do PT se inicia às 14h, na sede do
partido em São Paulo. A executiva é composta por 21 integrantes, mas
dois deles devem estar ausentes
Na abertura, os dois observadores que vieram acompanhar as prévias, o secretário-geral do PT nacional, Elói Pietá, e o secretário de organização, Paulo Frateschi, vão apresentar um relatório dizendo o que viram nas prévias do Recife
Logo após o relatório, que pedirá a anulação do pleito, serão abertas as inscrições para os pré-candidatos falarem. João da Costa vai apresentar seus argumentos e Rands os dele
Na ocasião, também será permitida a fala de qualquer um dos integrantes do diretório, desde que se inscrevam e queiram fazer colocações. Humberto Costa, vice-presidente nacional, será um dos oradores
Depois de extenso debate, sem hora para terminar, a decisão final será votada pelos 21 integrantes da executiva. O voto será aberto e tende a favorecer Maurício Rands
O ponto mais prejudicial para o prefeito João da Costa foi seu grupo ter recorrido à Justiça para contestar as decisões do diretório nacional, ferindo a instância partidária
A decisão da executiva nacional é passível de recurso no diretório nacional, composto por 81 membros, porém seria apenas mais um desgaste porque as mesmas forças da executiva estão representadas no diretório
João da Costa também pode recorrer à Justiça. Mas essa decisão iria ferir mais uma vez à instância partidária, e ele poderia ser expulso do partido
Prévia homologada - Nesse caso, o prefeito João da Costa tem a vitória confirmada, com a diferença de 553 votos. Votaram neste domingo 14.774 militantes.
Prévia anulada (1) - A direção nacional pode decidir que o prefeito João da Costa não tem legitimidade para ser candidato do PT e indicar o nome de Maurício Rands.
Prévia anulada (2) - A direção nacional pode anular a disputa e marcar outra eleição interna convocando os filiados.
Prévia anulada (3) - A direção nacional tem a possibilidade de definir o candidato por meio de encontro de delegados do partido no Recife, cerca de 300.
Prévia anulada (4) - A direção nacional pode chegar à conclusão que nenhum dos candidatos tem condições de concorrer à Prefeitura do Recife e escolher um terceiro nome.
Na abertura, os dois observadores que vieram acompanhar as prévias, o secretário-geral do PT nacional, Elói Pietá, e o secretário de organização, Paulo Frateschi, vão apresentar um relatório dizendo o que viram nas prévias do Recife
Logo após o relatório, que pedirá a anulação do pleito, serão abertas as inscrições para os pré-candidatos falarem. João da Costa vai apresentar seus argumentos e Rands os dele
Na ocasião, também será permitida a fala de qualquer um dos integrantes do diretório, desde que se inscrevam e queiram fazer colocações. Humberto Costa, vice-presidente nacional, será um dos oradores
Depois de extenso debate, sem hora para terminar, a decisão final será votada pelos 21 integrantes da executiva. O voto será aberto e tende a favorecer Maurício Rands
O ponto mais prejudicial para o prefeito João da Costa foi seu grupo ter recorrido à Justiça para contestar as decisões do diretório nacional, ferindo a instância partidária
A decisão da executiva nacional é passível de recurso no diretório nacional, composto por 81 membros, porém seria apenas mais um desgaste porque as mesmas forças da executiva estão representadas no diretório
João da Costa também pode recorrer à Justiça. Mas essa decisão iria ferir mais uma vez à instância partidária, e ele poderia ser expulso do partido
Prévia homologada - Nesse caso, o prefeito João da Costa tem a vitória confirmada, com a diferença de 553 votos. Votaram neste domingo 14.774 militantes.
Prévia anulada (1) - A direção nacional pode decidir que o prefeito João da Costa não tem legitimidade para ser candidato do PT e indicar o nome de Maurício Rands.
Prévia anulada (2) - A direção nacional pode anular a disputa e marcar outra eleição interna convocando os filiados.
Prévia anulada (3) - A direção nacional tem a possibilidade de definir o candidato por meio de encontro de delegados do partido no Recife, cerca de 300.
Prévia anulada (4) - A direção nacional pode chegar à conclusão que nenhum dos candidatos tem condições de concorrer à Prefeitura do Recife e escolher um terceiro nome.
Do Diario de Pernambuco
Fonte:http://www.diariodepernambuco.com.br/politica/especiais/2012/previas_pt/nota.asp?materia=20120524073036
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