Por dia, cada recifense produz 1,29 quilos de resíduos, quase meia tonelada por ano. Média supera São Paulo e Belo Horizonte
JAILSON DA PAZ
De uns meses para cá, o tratamento do lixo tornou-se assunto sério para
Antonio Henrique Souza Lima. Aos 8 anos, o menino fiscaliza sem trégua
os gestos dos familiares. De modo particular, a mãe Chussely Souza Lima,
39. O garoto tem argumentos diferentes de muitos adultos. “É lixo
demais no mundo. Temos que reciclar”, diz a quem o interpela sobre o
assunto. Por dia, cada recifense produz 1,29 quilos de resíduos. Quase
meia tonelada por ano. Isso dá à capital o status nada positivo de a
sétima cidade com mais de 500 mil habitantes que produz mais lixo no
Brasil. A média supera São Paulo e Belo Horizonte.
Se o lixo gerado em casa e na escola deixam Antonio Henrique atento, os números gerais sobre o Recife em 2011 impressionariam. O governo municipal coleta diariamente quase 2 mil toneladas de lixo. Sabe quanto isso custa aos cofres públicos? A conta é de R$ 261,2 mil. Paga-se por tonelada, segundo o diretor municipal de Limpeza Urbana, Rodrigo Brayner, R$ 130,93. O investimento é alto, mas poderia ser maior caso se coletasse todos os resíduos na cidade. Os dados sobre o Recife, incluídos em pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), contabilizam apenas os materiais recolhidos dos domicílios e da limpeza de ruas, praças e parques. Ficou de fora da conta da pesquisa a produção da construção civil, das indústrias e dos hospitais.
A produção per capita de lixo do Recife, no ranking nacional, ficou atrás de Fortaleza e de Salvador. E supera a média nacional, que é de 1,213 quilo por habitante/dia. “Se a média do município estiver acima da brasileira é hora de iniciar um processo de conscientização”, frisou a coordenadora técnica da Abrelpe, Adriana Ferreira. Além da falta de consciência, há outras razões para o crescimento na geração do lixo. Rodrigo Brayner aponta como principal o aquecimento da economia local. que levou a mais compra e, consequentemente, mais descarte.
A isso, Adriana Ferreira acrescenta o consumo inconsciente da popução. E o resultado, os dois concordam pode ser visto em vários lugares da cidade. Canais e canaletas, por falta de uma população consciente dos prejuízos do lixo para a natureza, são entupidos por sacos plásticos, móveis e eletrodomésticos. A pesquisa da Abrelpe comprova o fenômeno. De 2010 para 2011, o recolhimento de resíduos urbanos pulou 0,61%. Sem falar que, no ano passado, 1.394 toneladas de lixo deixaram de ser recolhidos diariamente no estado.
SAIBA MAIS
Reduza o seu lixo
Faça a tradicional lista de compras, o que ajuda a evitar supérfluo
Consuma apenas o necessário. Fuja das compras por impulso
Não desperdice alimentos
Prefira produtos não embalados e sem isopor
Evite comprar produtos descartáveis. Dê preferência aos duráveis e resistentes
Reutilize produtos e embalagens
Separe os produtos para reciclagem
Substitua as sacolas plásticas por sacolas retornáveis
Fonte: Instituto Akatu
Se o lixo gerado em casa e na escola deixam Antonio Henrique atento, os números gerais sobre o Recife em 2011 impressionariam. O governo municipal coleta diariamente quase 2 mil toneladas de lixo. Sabe quanto isso custa aos cofres públicos? A conta é de R$ 261,2 mil. Paga-se por tonelada, segundo o diretor municipal de Limpeza Urbana, Rodrigo Brayner, R$ 130,93. O investimento é alto, mas poderia ser maior caso se coletasse todos os resíduos na cidade. Os dados sobre o Recife, incluídos em pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), contabilizam apenas os materiais recolhidos dos domicílios e da limpeza de ruas, praças e parques. Ficou de fora da conta da pesquisa a produção da construção civil, das indústrias e dos hospitais.
A produção per capita de lixo do Recife, no ranking nacional, ficou atrás de Fortaleza e de Salvador. E supera a média nacional, que é de 1,213 quilo por habitante/dia. “Se a média do município estiver acima da brasileira é hora de iniciar um processo de conscientização”, frisou a coordenadora técnica da Abrelpe, Adriana Ferreira. Além da falta de consciência, há outras razões para o crescimento na geração do lixo. Rodrigo Brayner aponta como principal o aquecimento da economia local. que levou a mais compra e, consequentemente, mais descarte.
A isso, Adriana Ferreira acrescenta o consumo inconsciente da popução. E o resultado, os dois concordam pode ser visto em vários lugares da cidade. Canais e canaletas, por falta de uma população consciente dos prejuízos do lixo para a natureza, são entupidos por sacos plásticos, móveis e eletrodomésticos. A pesquisa da Abrelpe comprova o fenômeno. De 2010 para 2011, o recolhimento de resíduos urbanos pulou 0,61%. Sem falar que, no ano passado, 1.394 toneladas de lixo deixaram de ser recolhidos diariamente no estado.
SAIBA MAIS
Reduza o seu lixo
Faça a tradicional lista de compras, o que ajuda a evitar supérfluo
Consuma apenas o necessário. Fuja das compras por impulso
Não desperdice alimentos
Prefira produtos não embalados e sem isopor
Evite comprar produtos descartáveis. Dê preferência aos duráveis e resistentes
Reutilize produtos e embalagens
Separe os produtos para reciclagem
Substitua as sacolas plásticas por sacolas retornáveis
Fonte: Instituto Akatu
Fonte:http://www.diariodepernambuco.com.br/2012/05/22/vidaurbana1_0.asp
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