João da Costa e Rands voltam a se enfrentar, após anulação das prévias
Everson de Freitas/AE
EXECUTIVA nacional do PT condenou a judicialização da disputa interna
SÃO PAULO - O prefeito João da Costa e o secretário estadual de
Governo, Maurício Rands, se enfrentarão novamente em uma disputa
interna valendo a candidatura do PT à sucessão no Recife. Em reunião,
ontem, na executiva nacional do partido, em São Paulo, ficou
sacramentada, por 10 votos a 3, a anulação das prévias realizadas no
último domingo. O novo confronto já está marcado: 3 de junho, uma semana
antes do início das convenções partidárias. Dessa vez, o processo será
coordenado por uma comissão de cinco integrantes a serem escolhidos pela
executiva nacional. A Secretaria de Organização elaborará uma nova
lista de filiados - grande celeuma na primeira disputa , que deverá ter
pouco mais de 20 mil nomes aptos a votar. Ou seja, nem todos terão
direito a voto, como ocorreu no último domingo por decisão judicial.
Porém, segundo o presidente estadual do PT, deputado federal Pedro Eugênio, a prévia poderá até nem ocorrer. Para isso, bastaria que um dos candidatos apoie outro nome - hipótese já de antemão descartada pelos dois postulantes. “Houve um apelo muito forte da executiva nacional para que o tom dessa campanha fosse construtivo. O presidente Rui Falcão será o condutor. Há o compromisso de todos respeitarem o resultado. Pode até não ter prévia, caso haja um acordo entre os candidatos. Não tenha dúvida que é difícil, mas está no campo das possibilidades. Vamos ficar em plantão permanente, em conversas para acompanhar todo o processo”, afirmou.
Ainda segundo o dirigente, o motivo da anulação da prévia - na qual o prefeito João da Costa obteve 7.503 votos, contra 6.950 de Rands - foi uma série de falhas e a judicialização no processo. “A partir de uma auditoria, foi constatado que não houve fraude quanto às votações dos filiados. Não houve voto pirata ou fraudado. Mas a direção decidiu cancelar a prévia por conta da judicialização e de uma série de falhas, como nomes que não estavam na lista aprovada, mas que comprovaram que quitaram a anuidade até a data-limite (5 de maio)”, explicou Pedro Eugênio.
A anulação da prévia constitui um fato inédito na história do PT a nível nacional. O Recife será a primeira cidade a realizar, em um espaço de 14 dias, duas disputas internas. E, assim como na campanha que antecedeu a primeira eleição, não haverá debates entre os candidatos. A legenda correrá contra o tempo para tentar construir a unidade, já que, sete dias depois, começarão as convenções partidárias. “O resultado da primeira prévia foi construído no voto, e o dessa agora também será. Vamos tocar a vida, trabalhar e unir o partido”, disse o presidente municipal do partido, Oscar Barreto, que também participou da reunião ao lado de João da Costa.
EXIGÊNCIAS
Durante a reunião, o prefeito teria feito duas reivindicações à executiva nacional do PT para aceitar a realização de uma nova prévia. A primeira foi afastar a hipótese de que seu grupo político teria cometido fraude. Já a segunda foi a mudança na empresa que cuidará dos procedimentos operacionais das prévias. A condução da consulta interna desagradou aliados do gestor, que consideraram a empresa responsável pelo processo tendenciosa.
“Tivemos problemas com a empresa porque ela foi tendenciosa. A executiva nacional garantiu que a empresa será de fora. Tivemos diversas reclamações de que eles retardavam o processo de votações nas zonais e tentavam impedir nossos militantes de votar”, reclamou o secretário municipal do Orçamento Participativo, Augusto Miranda.
Porém, segundo o presidente estadual do PT, deputado federal Pedro Eugênio, a prévia poderá até nem ocorrer. Para isso, bastaria que um dos candidatos apoie outro nome - hipótese já de antemão descartada pelos dois postulantes. “Houve um apelo muito forte da executiva nacional para que o tom dessa campanha fosse construtivo. O presidente Rui Falcão será o condutor. Há o compromisso de todos respeitarem o resultado. Pode até não ter prévia, caso haja um acordo entre os candidatos. Não tenha dúvida que é difícil, mas está no campo das possibilidades. Vamos ficar em plantão permanente, em conversas para acompanhar todo o processo”, afirmou.
Ainda segundo o dirigente, o motivo da anulação da prévia - na qual o prefeito João da Costa obteve 7.503 votos, contra 6.950 de Rands - foi uma série de falhas e a judicialização no processo. “A partir de uma auditoria, foi constatado que não houve fraude quanto às votações dos filiados. Não houve voto pirata ou fraudado. Mas a direção decidiu cancelar a prévia por conta da judicialização e de uma série de falhas, como nomes que não estavam na lista aprovada, mas que comprovaram que quitaram a anuidade até a data-limite (5 de maio)”, explicou Pedro Eugênio.
A anulação da prévia constitui um fato inédito na história do PT a nível nacional. O Recife será a primeira cidade a realizar, em um espaço de 14 dias, duas disputas internas. E, assim como na campanha que antecedeu a primeira eleição, não haverá debates entre os candidatos. A legenda correrá contra o tempo para tentar construir a unidade, já que, sete dias depois, começarão as convenções partidárias. “O resultado da primeira prévia foi construído no voto, e o dessa agora também será. Vamos tocar a vida, trabalhar e unir o partido”, disse o presidente municipal do partido, Oscar Barreto, que também participou da reunião ao lado de João da Costa.
EXIGÊNCIAS
Durante a reunião, o prefeito teria feito duas reivindicações à executiva nacional do PT para aceitar a realização de uma nova prévia. A primeira foi afastar a hipótese de que seu grupo político teria cometido fraude. Já a segunda foi a mudança na empresa que cuidará dos procedimentos operacionais das prévias. A condução da consulta interna desagradou aliados do gestor, que consideraram a empresa responsável pelo processo tendenciosa.
“Tivemos problemas com a empresa porque ela foi tendenciosa. A executiva nacional garantiu que a empresa será de fora. Tivemos diversas reclamações de que eles retardavam o processo de votações nas zonais e tentavam impedir nossos militantes de votar”, reclamou o secretário municipal do Orçamento Participativo, Augusto Miranda.
Fonte:http://www.folhape.com.br/cms/opencms/folhape/pt/edicaoimpressa/arquivos/2012/Maio/25_05_2012/0106.html
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