quinta-feira, 26 de julho de 2012

“Assumo todas as responsabilidades do meu governo”



(Foto: Paullo Almeida/Folha de Pernambuco)










Quase uma semana após o prefeito do Recife, João da Costa (PT), atribuir ao ex-prefeito e atual candidato a vice na chapa do PT à prefeitura, João Paulo, o erro na execução da obra da avenida Conde da Boa Vista – principal alvo de críticas dos postulantes da oposição -, o petista decidiu romper o silêncio e afirmou assumir todas as responsabilidades que envolveram suas duas gestões, inclusive as intervenções mais polêmicas. Em recado ao atual desafeto político, o deputado cravou que em seu governo houve democracia, mas que quando exerceu a função tinha o comando.
“Assumo todas as responsabilidades pelo que fiz no meu governo. Assumi projetos polêmicos. Se secretário ‘A’, ‘B’ ou ‘C’ discordaram em algum momento…”, cutucou João Paulo, que ao lado do candidato a prefeito pelo PT, Humberto Costa, visitou a presidência e a redação daFolha de Pernambuco na tarde desta quarta-feira (25). “Tirei as kombis do Centro do Recife, mesmo com polêmica, e senti a reação. Alguns secretários até disseram que ia dar problema na eleição, mas um prefeito não se elege para só se reeleger”, alfinetou. “Em meu governo não só teve uma obra que secretários discordaram. Minha gestão foi marcada pela democracia, mas o prefeito tem que ter comando”.
Na quinta-feira (19), o prefeito João da Costa (PT) quebrou o silêncio para culpar o ex-prefeito João Paulo pelo fiasco do corredor de ônibus da Conde da Boa Vista. “Sempre foi um projeto polêmico. Na época, eu era secretário (de Planejamento) e tinha divergências que foram explicitadas. A decisão do prefeito foi de fazê-lo. Às vezes se acerta e às vezes se erra. Quando se erra tem quer reconhecer que errou. Acho que o corredor da Conde da Boa Vista foi um erro”, admitiu o petista.
João Paulo reiterou que o projeto para a avenida Conde da Boa Vista foi concebido para privilegiar as calçadas e os coletivos. O petista assegurou que houve um estudo de impacto antes de a obra ganhar às ruas, mas revelou que na época ocorreu que a extinta EMTU acabou liberando mais linhas de ônibus para trafegar pelo endereço que a via suportava.

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