Em resposta à declaração do governador Eduardo Campos sobre a greve dos policiais civis de Pernambuco, o Sindicato da categoria (Sinpol) informa que todas as tentativas de diálogo com o Governo para evitar o movimento foram feitas. Os trabalhadores iniciaram greve nesta segunda-feira (23), mas o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) considerou o movimento ilegal.
"Talvez porque Eduardo nunca sentou com a categoria, diferente do que acontece em outros Estados, ele desconheça a realidade que enfrentamos e trata tudo como se fosse discussão política. Mas, entregamos a pauta de reivindicação no início do ano, e com o objetivo de prosseguir com uma negociação que começou no ano passado, com a estruturação do Plano de Cargos. Fizemos caminhada, nos reunimos várias vezes com os secretários de administração e defesa social, mas nenhum avanço ocorreu, ao contrário, negaram qualquer discussão financeira", afirma Cláudio Marinho, presidente do Sinpol, complementando que não há interferência política no sindicato.
"Henrique Leite, que é candidato a vereador do Recife, está afastado do cargo de secretário geral do sindicato". Os policiais civis reclamam da insatisfação com as condições precárias das delegacias, da falta de equipamentos de proteção, como coletes à prova de bala, e dos baixos salários.
Segundo o Sinpol, Pernambuco está no vigésimo lugar no ranking nacional de salários de policias civis. "Não podemos ficar de braços cruzados quando enfrentamos a intransigência de um governo que não paga nem adicional noturno, nem vale-refeição, não oferece condições de trabalho. São muitas as delegacias sem alojamento, sem sanitário decente", enfatiza Marinho sobre a motivação da greve.
A próxima assembleia dos Policiais Civis para avaliação da greve está marcada para quinta-feira (26), às 17h, na sede do Sindicato.
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