O ex-presidente Lula (PT) afirmou, em entrevista ao Correio Braziliense, que percorrerá o País em 2014 fazendo campanha para a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). O petista disse também que “não dá de barato” que o governador Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, será candidato à Presidência. Lula condenou a ex-senadora Marina Silva por tentar desqualificar a política tradicional e disse que, para o PSDB, José Serra seria um candidato melhor que o senador Aécio Neves, por ser mais conhecido.
O cacique petista tentou minimizar, na entrevista, a decisão da Controladoria Geral da União (CGU) de pedir a destituição do serviço público da ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo Rosemary Noronha, que foi nomeada por ele. Ela foi denunciada pelo Ministério Público Federal por tráfico de influência, corrupção passiva, falsidade ideológica e formação de quadrilha.
“Ela já estava demitida. O que a CGU fez foi confirmar o que todo mundo já sabia que ia acontecer”, disse.
Em relação às eleições do próximo ano, Lula afirmou que a campanha será diferente da de 2010, quando a atual presidente não era conhecida, mas disse que, mesmo assim, pedirá votos para a reeleição dela.
“Não quero estar na coordenação (da campanha), quero ser a metamorfose ambulante da Dilma. Estou disposto. Se ela não puder ir para o comício num determinado dia, vou no lugar dela. Se ela for para o Sul, vou par ao Norte. Se ela for para o Nordeste, vou para o Sudeste. Isso quem vai determinar é ela. Eu tenho vontade de falar, a garganta está boa”, revelou.
De acordo com a publicação, o ex-presidente alertou que, se a ex-senadora Marina Silva, que corre contra o tempo para criar a Rede Sustentabilidade, não conseguir viabilizar seu partido e não for candidata, será importante saber para onde irão seus votos. Ele também criticou Marina por fazer críticas à política tradicional.
“Ela é uma personalidade política do País, tem todo direito de criar um partido. Agora, tem de ter coragem de dizer que é partido, não tem que inventar outro nome, dizer que não é partido, é uma rede”, disse Lula.
Ainda durante a entrevista, o ex-presidente lamentou a saída do PSB do governo Dilma e afirmou que é preciso ter “uma regra de comportamento” que possibilite uma aliança em eventual segundo turno. Para ele, se a eleição não terminar no primeiro turno “poderemos ter aliança no segundo”. “Mas não dou de barato que as coisas estão definidas na eleição. Nem para o Eduardo Campos ser candidato, nem para o Aécio ser candidato. Sabe-se lá o que o Serra vai tramar contra o Aécio?”
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