Por Gilberto Prazeres, do Blog da Folha
Da Folha de Pernambuco
Da Folha de Pernambuco
As costuras para a sucessão estadual vão desenhando cenários cada vez mais consolidados. E um deles pode ter ganho um elemento substancial na última quarta-feira. Uma fonte credenciada revelou, com exclusividade à Folha de Pernambuco, que o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB), teria recebido o sinal que esperava para deixar as hostes socialistas para, assim, disputar o Governo do Estado em alinhamento com o PT. O socialista teria se reunido com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, e o petista lhe teria assegurado apoio irrestrito. O cacique-mor do Partido dos Trabalhadores ainda teria garantido que a presidente Dilma Rousseff (PT) repetirá, na próxima semana, o gesto.
“O ministro esteve com Lula, na quarta-feira, e recebeu, de forma muito clara, o recado de que ele será o seu candidato ao Governo do Estado. E não só de Lula, mas de Dilma também. A presidente, inclusive, deverá se encontrar com Fernando Bezerra Coelho na próxima quarta-feira, justamente para reafirmar essa questão”, relatou a fonte, destacando que sinais semelhantes já haviam sido repassados anteriormente ao chefe da Integração Nacional.
No encontro com Fernando Bezerra Coelho, o ex-presidente teria dito que não entendera a estratégia do governador Eduardo Campos (PSB), que busca se cacifar para a disputa pelo Palácio do Planalto. No suposto entendimento do cacique petista, o chefe do Executivo pernambucano esperava ser candidato à Presidência da República com o seu apoio, em 2018. Algo que, agora, é visto como improvável. Lula teria feito relação semelhante com a situação do auxiliar de Dilma.
“Eduardo queria ser candidato a presidente com o apoio de Lula, mas isso não vai ocorrer. Fernando Bezerra Coelho queria ser candidato a governador com apoio de Eduardo, mas isso também não vai ocorrer. Mas o ministro será candidato com o apoio de Lula”, destacou a fonte, repetindo uma suposta fala do ex-presidente.
Tanto Lula, quanto a presidente Dilma Rousseff teriam demonstrado interesse em ver Fernando Bezerra Coelho como candidato pelo PMDB. Os dois petistas estariam pressionando o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), a seguir na sua tentativa de pavimentar o retorno do ministro da Integração aos quadros peemedebistas. No entanto, caso esse quadro não avance, uma ofensiva ao PSD seria o próximo passo. O partido, que é comandado pelo ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, não demonstraria grandes resistências ao ingresso de Bezerra Coelho e ao seu projeto estadual.
Nas contas do ministro, além do PT, o PP já é dado como certo na aliança que poderá dar sustentação à sua candidatura ao Governo do Estado. A possibilidade do PSD reforçar esse time, apesar de descartada pelo presidente regional da sigla, André de Paula, é colocada como uma questão de tempo por pessoas próximas a Fernando Bezerra Coelho.
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