O documentário “Jango em 3 Atos”, produzido pela TV Senado em parceria com o Instituto João Goulart, que resgata a história do ex-presidente brasileiro, deposto pelos militares em 1964, será exibido novamente no próximo domingo (12), às 20h. Baseado em arquivos de fotos, imagens, documentos oficiais e inéditos, o filme reconstitui a trajetória do líder trabalhista, desde a infância até a morte.
O documentário, dirigido por Deraldo Goulart, é enriquecido com entrevistas e fatos que levantam suspeitas em torno de sua morte no exílio ocorrida em 1976, em Mercedes, na Argentina e foi produzido pela TV em 2008.
A questão veio à tona pelo depoimento do ex-agente do serviço secreto do governo uruguaio Mário Neyra Barreiro. Ele relatou à produção do documentário os últimos anos de vida do líder trabalhista, que governou o Brasil de 7 de setembro de 1961 a 1º de março de 1964.
Neyra Barreiro afirma que Jango teria sido assassinado a mando do governo militar. A entrevista foi concedida à TV Senado na presença de João Vicente, filho de Jango, e teria motivado a criação da Comissão da Verdade, que investiga crimes do período da Ditadura e o pedido de exumação do corpo do ex-presidente para apuração de sua morte feito recentemente.
O documentário ainda traz relatos de Amandio de Moraes, ex-militante do Partido Comunista de São Borja e informante do Serviço Nacional de Informações, órgão do governo criado pelos militares. O diretor do documentário, Deraldo Goulart, diz que “Jango em 3 Atos” não defende nenhuma tese, apenas joga luz sobre fatos que estão presentes na discussão pública.
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