Vereadores divergem quanto a abertura do voto (Foto: Arthur Mota)
Por Anderson Bandeira
Da Folha de Pernambuco
Da Folha de Pernambuco
Prestes a serem votados na Câmara do Recife, dois projetos polêmicos (LOA 2014 e o fim do voto secreto para vetos e eleição da Mesa Diretora) renderam ontem um acalorado embate no Legislativo municipal. Com diversas movimentações e divergências no plenário, os vereadores deram mostras de como será a votação das matérias hoje, haja vista o fim do prazo regimental. O projeto que trata do fim do voto secreto foi trazido novamente para discussão pelo seu proponente, o vereador Jayme Asfora (PMDB).
O texto foi colocado para votação na última segunda-feira pelo presidente da Câmara, Vicente André Gomes (PSB), e em seguida adiado para ontem, sob a alegação de se buscar um consenso entre os pares. No entanto, a matéria não foi colocada para discussão, o que deixou o peemedebista surpreso e o levou a cobrar no plenário a sua apreciação. “Essa discussão tem que acelerar. O projeto já está mais do que maduro. Isso é uma demanda da sociedade”, declarou.
Procurado, Vicente André Gomes esclareceu que o projeto chegou a ser colocado extra-pauta. “Mas foi solicitado novamente, por falta de entendimento, que não colocasse para votação”. O pedido de Asfora, no entanto, gerou uma intensa movimentação nos bastidores entre governistas e oposicionistas. Isso porque a resistência à matéria é grande. Uma parte dos vereadores defende o voto aberto totalmente, enquanto outra quer a manutenção do voto secreto ao menos para vetos.
Com isso, a tendência é que a matéria entre na ordem do dia e seja retirada votando para as comissões. Já a LOA foi questionada pelo vereador Raul Jungmann (PPS), que pediu mais tempo para discutir o projeto por envolver um orçamento de R$ 5,3 bilhões. “Estamos prestes a votar a matéria e eu ainda não sei do relatório e se minhas emendas foram acatadas. Vamos voltar à matéria as cegas. É uma irresponsabilidade”, disparou.
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