quinta-feira, 3 de maio de 2012

Revitalização do Beberibe irá transferir 400 famílias

Governador anunciou investimento de R$ 63 milhões para dragagem e urbanização (Foto: Aluísio Moreira/SEI)

Cerca de 400 famílias que vivem hoje às margens do Rio Beberibe serão transferidas com o início das obras de dragagem e urbanização desde o nascedouro em Camaragibe até a divisa das cidades de Olinda e Recife. As novas residências já estão sendo construídas, próximas às nascente do rio, através do programa Prometrópole. O governador Eduardo Campos (PSB) anunciou nesta quarta-feira um investimento de R$ 63 milhões oriundos do PAC Dragagem e de contrapartida do Governo do Estado, que irão melhorar a qualidade de vida da água, evitar enchentes, incentivar a pesca e tornar o rio navegável.

A última intervenção no Beberibe aconteceu há exatos 30 anos (1982). Além do desassoreamento, os trabalhos envolvem o alargamento de suas margens, a colocação de 13 pontilhões, a abertura de novas ruas de acesso e a construção de uma ciclovia com 13 quilômetros de extensão. “A ciclovia é importante para humanizar a base do rio e as pessoas tomarem consciência de que é preciso salvar o Beberibe”, disse Eduardo.

Dos 23 quilômetros de extensão do Beberibe, 13 quilômetros fazem parte do projeto de revitalização. Iniciada nesta quarta-feira (2), a primeira etapa da dragagem vai custar R$ 16,4 milhões e abrange um trecho de 2,2 quilômetros entre a ponte da Avenida Olinda e a foz do rio (próximo ao Porto do Recife). Até fevereiro do ano que vem, serão retirados 500 mil metros cúbicos de sedimentos (o suficiente para encher 30 mil caminhões). Todo o material será separado e enviado a aterros sanitários ou levados para o alto-mar, a seis milhas da costa, no chamado bota-fora oceânico. 

A dragagem também vai deixar o rio mais fundo – entre 50 e 80 metros – e, assim, possibilitar a sua navegação. “Com esse trabalho feito aqui teremos o nosso primeiro circuito de transporte fluvial, saindo da BR-101, em Dois irmãos, até a área próxima à Marinha”, informou o secretário de Recursos Hídricos e Energéticos, Almir Cirilo.

O prazo para a conclusão de toda a obra é de 25 meses. Almir Cirilo garantiu a celeridade das intervenções. “Nós não podemos esperar acabar uma obra para começar outra. Ainda este ano, vamos licitar as outras ações e estaremos com todas elas em execução simultaneamente”, afirmou o secretário.

Fonte:http://www.folhape.com.br/blogdafolha/?p=24517

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