Agência Brasil (Brasília) – A balança comercial brasileira registrou novo superávit na segunda semana de abril, de US$ 627 milhões. O saldo positivo resultou de exportações de US$ 4,744 bilhões, superiores às importações, que ficaram em US$ 4,117 bilhões. No mês, a balança tem saldo positivo de US$ 938 milhões, mas no acumulado do ano continua deficitária, em US$ 4,218 bilhões. Os números foram divulgados hoje (15) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
A média diária exportada ficou em US$ 948,8 milhões, ligeiramente menor do que a de US$ 953 milhões registrada na primeira semana do mês. Na comparação entre a média acumulada em abril deste ano, de US$ 950,9 milhões, com a do mesmo mês de 2012, de US$ 978,3 milhões, há queda de 2,8%.
Os produtos básicos, que também foram responsáveis pela queda semanal das vendas externas na primeira semana de abril, continuaram a puxar as exportações para baixo entre os dias 8 e 14 do mês. De acordo com o ministério, as vendas desse grupo recuaram 1,4% principalmente em razão do minério de ferro, farelo de soja e das carnes bovina, suína e de frango.O comércio de manufaturados e semimanufaturados cresceu na comparação semanal, respectivamente 2,9% e 3,4%. Entre os manufaturados, aumentaram as vendas de automóveis de passageiros, açúcar refinado, hidrocarbonetos, veículos de carga e etanol. Entre os semimanufaturados, elevaram-se os negócios com celulose e açúcar e alumínio brutos.
As aquisições no exterior alcançaram média diária de US$ 823,4 milhões na primeira semana de abril, 7,6% inferior à da primeira semana. Na comparação com abril de 2012, houve queda de 8,3%. De acordo com o ministério, o movimento semanal é explicado principalmente pela queda nos gastos com combustíveis, lubrificantes, aparelhos eletroeletrônicos, automóveis e partes, químicos orgânicos e inorgânicos e adubos e fertilizantes.
A balança comercial brasileira teve déficit em janeiro e fevereiro e um superávit modesto em março, de US$ 164 milhões. De acordo com posição oficial do governo federal, os resultados fracos no primeiro trimestre eram esperados. Um dos motivos é uma instrução normativa da Receita Federal que tornou mais demorada a importação de cargas a granel e retardou a computação de compras de combustível feitas pela Petrobras na balança comercial.
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