Desde que entrou em vigor o Estatuto do Desarmamento, no ano de 2003, a venda de armas caiu 40,6%. O número foi apresentado nesta segunda-feira (1º) por Marcelo Neri, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que também está ocupando interinamente a função de ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.
Os cálculos, fundamentados na Pesquisa de Orçamento Familiar do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que, de 2003 para 2009, o número de armas vendidas caiu de 57 mil para 37 mil. No Sudeste, a queda foi maior do que 30%. Já no Norte e Nordeste, foi superior a 50%. Na região Sul houve aumento de 21% nas vendas.
O presidente do Ipea apontou que os homens têm oito vezes mais chances de comprar uma arma de fogo do que as mulheres. E que homens e mulheres de 20 a 29 anos têm a proporção 172% maior de compra do que a população 20 anos mais velha.
Consumidores com até três anos de estudo e os analfabetos compraram duas vezes mais do que os que passaram mais de 12 anos na escola. Pertencer à classe C é outro traço do perfil apontado pelo levantamento. A proporção de compra de armas supera em 7,5% a dos enquadrados nas classes AB e os da classe E em 103%.
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