Na surdina, o senador Humberto Costa – uma das principais lideranças do PT de Pernambuco -, e o prefeito do Recife, João da Costa (PT) – que tenta viabilizar a sua reeleição, mas encontra forte resistência no partido – fizeram uma espécie de acordo para afastar, da Imprensa, as “arengas” em torno da sucessão no Partido dos Trabalhadores na capital do Estado. Segundo o líder da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), o acerto foi aceito pelo gestor da capital. Contudo, sem querer entrar em detalhes, Humberto limitou-se apenas a informar que o tema “sucessão do Recife” voltará à pauta petista em março, após o Carnaval.
O Blog da Folha procurou Humberto Costa para analisar a declaração do presidente nacional do PT, Rui Falcão, que, na edição desta quinta-feira (26), cobrou que petistas insatisfeitos com a candidatura do prefeito coloquem o nome para a disputa. “Fiz um acordo com o prefeito João da Costa de tirar esse assunto (briga do PT) da mídia. Quando chegar em março, o debate sobre sucessão será feito. Conversamos e vimos que não dá para fazer esse debate pela imprensa”, afirmou o senador, de forma lacônica. “Mas, por enquanto, não quero mais falar sobre esse assunto. Ok?”, indagou Humberto, logo desligando o telefone.
Sobre a declaração de Rui Falcão, veja o que Humberto Costa disse: “É totalmente dentro do contexto. O PT tem um estatuto que estabelece prazos para candidaturas. E o prazo não chegou. Todos acham que a discussão pode se aprofundar em atos. Não vejo nada demais na declaração. O prefeito é o candidato natural, mas isso não quer dizer que outros nomes podem surgir”, ressaltou o petista, que acrescentou: “Não estou querendo falar sobre esse assunto (sucessão do Recife)”.
Vale lembrar que Humberto Costa e CNB foram os primeiros a cravar prazo ao prefeito João da Costa, no que tange a construção da unidade no partido e na Frente Popular. Em dezembro passado, durante a Caranava Democrática, no Vasco da Gama, o parlamentar cobrou participação efetiva do prefeito nas discussões internas do PT e com a Frente Popular. Dias depois, o senador e seu grupo político reuniram a Imprensa para dizer que a corrente estabelece fevereiro como mês limite para o gestor petista recuperar a aprovação da administração e unir aliados na coalizão. Em seguida, em entrevista à Rádio Folha FM, afirmou que o grande calo do PT é o Recife.
Agora é aguardar cenas dos próximos capítulos da “novela mexicana” que se transformou a sucessão petista…
Fonte:http://www.folhape.com.br/blogdafolha/?p=8570
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