sábado, 21 de janeiro de 2012

Preço do leite pode melhorar

Instalação de novas empresas no Agreste leva governo a investir na qualidade para garantir ganho maior

JULIANA CAVALCANTI

Com a instalação de novas empresas do setor de leite e derivados no Agreste pernambucano, os pecuaristas do estado estão enfrentando o desafio de aumentar a produção de leite e também investir para melhorar a qualidade do produto, a fim de atender à demanda das novas indústrias e também aumentar o preço final do litro – hoje vendido em média por R$ 0,75.


A inauguração da fábrica da Betânia, no município de Pedra – a 232 quilômetros do Recife – é um dos alvos da ação desenvolvida pela Secretaria de Agricultura com 17 associações de produtores de Pedra, Buíque, Itaíba e Tupanatinga. Inicialmente prevista para ser inaugurada em janeiro de 2012, a unidade deve estar pronta até o mês de março, num investimento total de R$ 15 milhões.


A captação inicial de 50 mil litros de leite/dia, deve atingir os 200 mil litros/dia até o fim do ano. A Betânia produzirá leite longa vida, iogurte, queijos e requeijão, doce de leite e leite condensado. Além dela, estão instaladas no Agreste as fábricas da Bom Leite, em São Bento do Una, e da Bom Gosto, em Garanhuns. Pernambuco produz atualmente 2,3 milhões de litros de leite por dia. A intenção é terminar 2012 com um total de 3 milhões de litros por dia.


“Vamos dar suporte técnico e de infraestrutura para melhorar a cadeia produtiva e dobrar a produção dessas cooperativas até dezembro de 2012. É possível aumentar a produção e melhorar a qualidade do leite”, explica Gutemberg Granjeiro, gerente técnico de Operações do Prorural. A ação deve beneficiar cerca de 400 pequenos pecuaristas e também contará com a distribuição de kits de ordenha. Granjeiro destaca que os investimentos podem fazer o preço do leite aumentar até R$ 0,10 para o produtor, alcançando patamar semelhante ao praticado em Minas Gerais.


O valor de R$ 0,80 já é obtido por 126 produtores cooperativados em Afrânio e Dormentes, quando vendem o leite processado para o Rio Grande do Norte e do Piauí. Após passar por consultoria e conseguir financiamento para a aquisição de equipamentos e transporte, a Cooperativa de Produção Agropecuária de Afrânio (Cooafra) consegue armazenar e vender leite e derivados de melhor qualidade.


“A maior parte da bacia leiteira de Pernambuco está na região Agreste, mas é importante que outras regiões, como o Araripe e o Sertão do São Francisco, se consolidem”, defende Gabriel Maciel, gerente de Arranjos Produtivos Locais da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD-Diper).


Fonte:http://www.diariodepernambuco.com.br/2012/01/21/economia12_0.asp

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