No mesmo dia, Polícia Federal indicia professor de Fortaleza pelo vazamento de 14 questões do Exame
Brasília – A Justiça Federal do Ceará determinou o acesso à correção da redação do Enem para todos os 4 milhões de candidatos, em resposta a pedido do MPF no Ceará. A Defensoria Pública do Rio de Janeiro fez a mesma requisição. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia do Ministério da Educação (MEC) responsável pela aplicação da prova, informou que vai recorrer da decisão. O MEC já informou que a partir da edição do Enem deste ano, todos os participantes terão acesso ao espelho da correção das redações, conforme determinou acordo firmado com o MPF no DF em 2010.
Ainda ontem, a Polícia Federal indiciou duas pessoas pelo vazamento de 14 questões da última edição do Enem, realizada em outubro de 2011. Agora, ficará a cargo do MPF recomendar o indiciamento dos acusados à Justiça. De acordo com a sentença do juiz Luís Praxedes Vieira da Silva, do Ceará, a medida é para ser cumprida em caráter de urgência. “A digna parte promovida para imediato cumprimento deste decisum”, diz a sentença. Para o procurador da República Oscar Costa Filho, “o desequilíbrio matemático decorrente da associação entre avaliações submetidas a tratamento estatístico (provas objetivas), e avaliações desprovidas dessa qualidade, as quais assumem valores absolutos (provas de redação) frustra o dever de tratamento isonômico que deve ser dispensado aos candidatos”, disse na petição.
As investigações da PF apontam o professor de física Jahilton Motta e um funcionário do Colégio Christus, de Fortaleza, como autores do vazamento das questões. O funcionário não teve o nome divulgado. A dupla é acusada de estelionato. Segundo alunos do colégio cearense, 10 dias antes do Enem, o docente indiciado distribuiu cadernos de exercícios com as questões vazadas aos vestibulandos e pediu para que eles prestassem atenção ao material. Em depoimento à PF, Motta não revelou quem lhe entregou o material. Ele disse apenas ter encontrado os cadernos em sua mesa.
Já o outro funcionário teve acesso a duas salas de aula em que foram aplicados os pré-testes do Enem. Essa etapa é realizada pelo Inep um ano antes da prova, para calibrar o grau de dificuldade das questões do banco de itens da entidade.
No entanto, a PF descartou a possibilidade da reprodução das questões ter sido feita de forma premeditada. Segundo o inquérito, o fato deve ter acontecido por conta de uma oportunidade que surgiu na ocasião. A PF ainda informou que a empresa Cesgranrio – que, com o Cespe, integra o consórcio do Enem – terceirizou a aplicação do pré-teste no Christus e, por isso, o funcionário da escola, que não assinou termo de confidencialidade, teve acesso ao material. A Cesgranrio não foi indiciada, mas pode ser processada pelo ministério por terceirização da fiscalização do pré-teste. Em nota divulgada ontem, o MEC afirma esperar “que todos aqueles que atentaram de alguma maneira contra o Enem sejam punidos”.
Brasília – A Justiça Federal do Ceará determinou o acesso à correção da redação do Enem para todos os 4 milhões de candidatos, em resposta a pedido do MPF no Ceará. A Defensoria Pública do Rio de Janeiro fez a mesma requisição. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia do Ministério da Educação (MEC) responsável pela aplicação da prova, informou que vai recorrer da decisão. O MEC já informou que a partir da edição do Enem deste ano, todos os participantes terão acesso ao espelho da correção das redações, conforme determinou acordo firmado com o MPF no DF em 2010.
Ainda ontem, a Polícia Federal indiciou duas pessoas pelo vazamento de 14 questões da última edição do Enem, realizada em outubro de 2011. Agora, ficará a cargo do MPF recomendar o indiciamento dos acusados à Justiça. De acordo com a sentença do juiz Luís Praxedes Vieira da Silva, do Ceará, a medida é para ser cumprida em caráter de urgência. “A digna parte promovida para imediato cumprimento deste decisum”, diz a sentença. Para o procurador da República Oscar Costa Filho, “o desequilíbrio matemático decorrente da associação entre avaliações submetidas a tratamento estatístico (provas objetivas), e avaliações desprovidas dessa qualidade, as quais assumem valores absolutos (provas de redação) frustra o dever de tratamento isonômico que deve ser dispensado aos candidatos”, disse na petição.
As investigações da PF apontam o professor de física Jahilton Motta e um funcionário do Colégio Christus, de Fortaleza, como autores do vazamento das questões. O funcionário não teve o nome divulgado. A dupla é acusada de estelionato. Segundo alunos do colégio cearense, 10 dias antes do Enem, o docente indiciado distribuiu cadernos de exercícios com as questões vazadas aos vestibulandos e pediu para que eles prestassem atenção ao material. Em depoimento à PF, Motta não revelou quem lhe entregou o material. Ele disse apenas ter encontrado os cadernos em sua mesa.
Já o outro funcionário teve acesso a duas salas de aula em que foram aplicados os pré-testes do Enem. Essa etapa é realizada pelo Inep um ano antes da prova, para calibrar o grau de dificuldade das questões do banco de itens da entidade.
No entanto, a PF descartou a possibilidade da reprodução das questões ter sido feita de forma premeditada. Segundo o inquérito, o fato deve ter acontecido por conta de uma oportunidade que surgiu na ocasião. A PF ainda informou que a empresa Cesgranrio – que, com o Cespe, integra o consórcio do Enem – terceirizou a aplicação do pré-teste no Christus e, por isso, o funcionário da escola, que não assinou termo de confidencialidade, teve acesso ao material. A Cesgranrio não foi indiciada, mas pode ser processada pelo ministério por terceirização da fiscalização do pré-teste. Em nota divulgada ontem, o MEC afirma esperar “que todos aqueles que atentaram de alguma maneira contra o Enem sejam punidos”.
Fonte:http://www.diariodepernambuco.com.br/2012/01/18/brasil1_0.asp
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