quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Nova linha para reformas

Vânia Cristino

Diante do crescimento de apenas 4,5% nas vendas de material de construção no ano passado, um desempenho aquém do esperado pelo setor, o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou ontem, em reunião extraordinária, proposta da Confederação Nacional do Comércio (CNC) de criação de uma linha de crédito para a compra dos itens pela classe média — famílias com renda acima de R$ 5,4 mil mensais.

O FGTS já contava com uma linha para material de construção dentro do programa carta de crédito individual. Mas as operações eram restritas às famílias de baixa renda. Agora, sem limitação de renda, os consumidores de classe média poderão pegar até R$ 20 mil, com taxa de juros de 12% ao ano e prazo de pagamento de até 120 meses. O total de recursos destinados à nova linha é de R$ 300 milhões. O beneficiário deve ter conta vinculada de FGTS e o imóvel objeto da reforma ou ampliação precisa estar enquadrado nas regras do Sistema Financeiro da Habitação (SFH).


Autor da proposta, o presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Cláudio Elias Conz, comemorou. “As atuais modalidades de financiamento previstas nos programas de aplicação do FGTS se destinam à reforma, ampliação e construção de imóvel habitacional e se concentram, prioritariamente, em famílias de baixa renda. As outras faixas de renda eram carentes de linhas de crédito nessa área”, explicou.


Retração

O assessor especial do Ministério do Trabalho Paulo Furtado disse que os trabalhadores serão beneficiados. “As linhas disponíveis no mercado hoje são caríssimas”, observou. Segundo ele, as taxas de juros para a aquisição de material de construção variam de 26% ao ano a mais de 50%. “Estamos barateando o valor do financiamento com taxas de juros bem abaixo das cobradas no mercado. Mensalmente, a Caixa Econômica Federal recolhe FGTS de 33 milhões de trabalhadores. Todos estão aptos a acessar essa linha.”


O setor enfrentou, no segundo semestre, uma forte retração. Em outubro, pela primeira vez em 30 meses, o segmento observou uma queda de 7% nas vendas.


Fonte:http://www.diariodepernambuco.com.br/2012/01/11/economia4_0.asp

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